Queen: Brian May diz até hoje sofrer com a síndrome do impostor “o tempo todo”
Se você sente não merecer algum êxito ou posição que tenha conquistado, é bem provável que sofra da síndrome do impostor. Caracterizada pela constante crença e sentimento de ser uma fraude, é muito mais comum entre rockstars do que se imagina. Até mesmo entre nomes como John Lennon, David Bowie e Brian May.
Em recente entrevista ara Rosie Bennet no programa Fret Not, o eterno guitarrista do Queen foi questionado sobre o assunto, e respondeu com humildade e franqueza:
“[Sinto a síndrome do impostor] o tempo todo. Eu sempre entro em uma sala, mesmo agora que supostamente sou o Sir Brian May, e penso: ‘Ah, o que as pessoas pensam? Talvez eu não devesse estar aqui.’ Sim, eu sinto isso muito. Quando alguém fala comigo, sempre presumo que A) elas não sabem quem eu sou; B) elas não estão interessadas nisso; e C) eu vou fazer com que morram de tédio. Sinto isso o tempo todo.”
“Eu não acho que isso realmente passe com o tempo. A lógica diz: ‘Ah, ok, eu sou essa pessoa, o pessoal vai esperar isso, não vão esperar que eu seja como um adolescente de 16 anos, vão esperar que eu saiba o que estou fazendo.’ De certa forma, isso é uma coisa boa, porque impede que você fique muito arrogante e saia fazendo suposições. Então, não me incomoda tanto.”
Brian May se formou em física em 1970, mas deixou a vida acadêmica de lado para se dedicar ao Queen. Em 2006, ele retomou os estudos, obtendo no ano seguinte o título de doutor em astrofísica. Curiosamente, se no meio musical ele sofre com o sentimento de ser um impostor, no meio acadêmico é ainda pior:
“Ainda mais no meio acadêmico. Eu me afastei da ciência, mas depois voltei e consegui meu Phd sem colher de chá. Eles pegaram muito pesado comigo, sei disso muito bem. Não recebi de mão beijada. Mesmo assim, eu me afastei daquela comunidade e depois voltei, então ainda me pego pensando ‘Devo mesmo ser considerado um astrofísico?'”