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Camarada Garcia Recomenda #13 – Cinco recomendações musicais aleatórias

Camarada Garcia Recomenda #13 – Cinco recomendações musicais aleatórias
Big Bill Broonzy, Chet Atkins, The Cure, U2 e RPM.

Aqui estão cinco músicas aleatórias que, se você não conhece, deveria. Músicas (ou versões) que julgo não serem muito conhecidas (ou pelo menos não conhecidas o bastante), e que fazem parte da trilha sonora da minha vida (e podem fazer parte da sua também).

How You Want it Done – Big Bill Broonzy

Ambos o jazz e o blues tiveram a mesma origem, mas em meados do século passado seguiram por direções opostas: o jazz virou uma espécie de blues virtuoso e livre, enquanto o blues virou um jazz mais minimalista e estruturado.

Eu particularmente prefiro o blues por ser muito mais acessível para mim, por trabalhar com a repetição de padrões, e com a arte da subversão das expectativas (conscientes ou não) do ouvinte. Por ser a arte de expressar mais com menos, basta um cara com o instrumento que estiver por perto — ou batendo palmas ou batendo o pé no chão, na falta de um. 


Mr. Sandman – Chet Atkins

Assim como Roy Clark, Chet Atkins foi um dos shredders dos anos 50, que nos programas de televisão norte-americanos difundiram a guitarra elétrica — e suas possibilidades sonoras. Mestre dos mestres, Chet foi um dos maiores ídolos de Mark Knopfler, mas poucos conhecem. 

Confesso que ele não faz exatamente o meu tipo de música, mas ele faz tão bem que eu adoro.


Catch – The Cure

Foi amor à primeira audição. Esta música me transmite uma tranquilidade ímpar, amplificada pelo clipe. O vocal sereno e a interpretação de Robert Smith são impecáveis, mas o plus a mais (como dizem os advogados no interior) é o violino. Ele conduz a melodia principal como a luz de uma vela — sempre senti que dá um toque francês.

Com o The Cure em seu auge, é uma canção daquelas que você não precisa entender a letra para entender a música. 


The Sweetest Thing – U2

Ao longo dos anos 90 a MTV dominou a indústria musical, e o U2 aproveitou para dominar a arte de fazer clipes. Com produções caras e ousadas, cada um era um show à parte. Este eu curto em particular por ser uma longa plano-sequência — ou seja, gravado de uma tacada só, sem cortes.

Um pedido de desculpas de Bono para sua esposa por ter esquecido o aniversário de casamento deles, foi filmado em Dublin com a participação de diversos habitantes locais. Como figurantes, eles vão entrando e saindo de cena sincronizadamente.


Olhar 43 – RPM

A música popular, brasileira ou estrangeira, gira em torno da exaustiva repetição do refrão. Isso pareceu valer mais do que nunca nos anos 80, quando cada refrão parecia diabolicamente projetado para grudar feito chiclete no seu ouvido. O restante da música muitas vezes era até negligenciado, tratado como uma mera preparação para ele.

“Olhar 43” foi um dos maiores hits daquela década (e olha que o que ela mais teve foi hits!), e não tem refrão! Isso me intriga. 


Ouça a playlist Camarada Garcia Recomenda no Spotify:


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André Garcia

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