A atividade paranormal que gerou o hit que moldou o Black Sabbath
A música “Black Sabbath” é um dos maiores clássicos do rock. Ela foi responsável não apenas por ter dado nome ao Black Sabbath e moldado seu som, como também é amplamente considerada o marco zero do heavy metal.
Com seu macabro riff em trítono — intervalo musical na idade média proibido pela igreja católica por ser diabólico —, tem uma letra sinistra e uma interpretação arrepiante de Ozzy Osbourne. Muitos a consideram praticamente um filme de terror em forma de música, mas, segundo a banda, há mais realidade nela do que ficção.
Conforme publicado pela Far Out Magazine, o baixista Geezer Butler, certa noite foi dormir após a leitura de livros de ocultismo. Em entrevista à Classic Albums, ele confessou que na época “estava muito ligado em ocultismo. Não satanismo e tal, e sim planos astrais e essas coisas.” Dessa forma, no meio da noite, ele acordou com uma surpresa nada agradável: uma misteriosa figura coberta por um manto negro parada diante de sua cama. Pouco depois, a ela desapareceu, mas deixou nele um misto de trauma com fascínio.
A cena ficou na cabeça de Geezer por dias, até que ele a compartilhou com Ozzy Osbourne. Em entrevista à ele relembrou:
“Contei para Ozzy, e aquilo ficou na mente dele. Quando começamos a tocar ‘Black Sabbath’, ele simplesmente apareceu com aquela letra. Aquilo tinha que ser botado para fora, e o fez, eventualmente, naquela música. Aí então, só havia um nome possível para a banda, realmente!”
A letra foi claramente inspirada naquele episódio:
“O que é isso de pé diante de mim? Figura de preto que aponta para mim. […] Grande vulto preto com olhos de fogo […] Satã está lá sentado, está sorrindo.”
Aquela não foi a única ocorrência paranormal experimentada pela banda. Em 1973, eles alugaram um castelo, o Clearwell Castle, em Gloucestershire, na Inglaterra, para parte da gravação de seu quinto álbum, “Sabbath Bloody Sabbath” (1973). Diversos relatos afirmavam que o local era assombrado. Lá, Ozzy Osbourne jurou ter visto uma figura coberta por um manto negro andando num corredor e, quando foi atrás, ela havia desaparecido. Outros membros da banda (e outras pessoas presente) alegaram terem visto (ou sonhado com) a mesma figura.
Rick Wakeman relembra coma álcoólico coletivo em estúdio com o Black Sabbath
“Sabbath Bloody Sabbath”, o mais psicodélico e experimental álbum do Black Sabbath, teve alguns teclados gravados por ninguém menos que Rick Wakeman, do Yes. O lendário tecladista chegou para gravar à meia-noite e, conforme publicado pela Ultimate Classic Rock, ao The Metal Voice ele relembrou como foi:
“Eu cheguei no estúdio e eles estavam todos jogados, desmaiados um em cima do outro (e eu não estava muito longe daquilo). A única pessoa mais sóbria era o operador de fita: um garoto que estava apavorado. Ele me disse: ‘Eu configurei a parte que eles querem que você toque… Ozzy disse que você saberia o que tocar’. Eu respondi: ‘Não faço ideia [do que tocar]!'”
“‘Espero que funcione’, pensava Rick enquanto tocava, “e se não funcionar, tenho certeza de que eles vão me falar, aí eu gravo de novo.’ Naquele momento, Ozzy abriu os olhos, se aproximou e disse ‘Brilhante pra c*ralho!’ — depois desmaiou de novo.”