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Para David Byrne, músicos de sua geração atingiram o “triunfo do art rock”

Para David Byrne, músicos de sua geração atingiram o “triunfo do art rock”
David Byrne com seu icônico terno gigante

Artistas lidam de formas diferentes com a geração à qual pertencem. Não foram poucos os que desdenharam ou desprezaram os valores, estética ou características de seu tempo. Dois exemplos são Lou Reed e Frank Zappa, que sempre ridicularizavam a cultura hippie. David Byrne, por outro lado, sente orgulho dos feitos artísticos dos músicos de sua geração.

Ele surgiu na segunda metade da década de 70 como vocalista e líder do Talking Heads na cena punk novaiorquina. Dividiram espaço no CBGB eles, os Ramones, Patti Smith, Blondie, Television… Bandas que mudaram para sempre a cara da música pop, e influenciaram os mais diversos gêneros musicais. 

Em entrevista para a Uncut em 2014, Byrne comentou a declaração que deu em seu blog em 2009, dizendo que eles alcançaram o “triunfo do art rock”:

“Eu disse isso? Oops! Acho que na época escrevi no meu blog que com essa turma […]  a ambição não era: ‘Quero ser um astro. Quero jogar televisões no chão e ser conduzido por motoristas.’ Era, na verdade, ‘O que mais me empolga é fazer música incrível’. Foi essa a impressão que tive dessa geração de músicos. Isso é ótimo! Parece incrivelmente saudável. Sem contar que muitos deles [ainda] estão fazendo música realmente boa.”

Art rock é um polêmico subgênero comumente associado a bandas vanguardistas como Velvet Underground, Pink Floyd, Roxy Music e o Queen (em seus primeiros álbuns). O rock progressivo almejava elevar o rock a outro patamar em termos musicais, instrumentais. Já o art rock buscava sua elevação em termos conceituais, com a introdução de elementos e conceitos artísticos das artes plásticas, cinema e literatura.


Como um álbum do Velvet Underground fez de Brian Eno um músico

Conforme publicado pela Far Out Magazine, para a The Quietus, Eno falou sobre a importância que o álbum de estreia do Velvet Underground teve para ele:

“Esse foi provavelmente o álbum pop mais importante para mim.  Foi o momento em que percebi que eu poderia ser um músico. Em parte, foi por causa daquela banda de semi-não-músicos, mas também porque aquelas músicas beberam bastante na fonte do que eu ouvia de música experimental na época. Aquilo era um pavor: bandas estranhas que ninguém ouvia, como o Velvet Underground, que, na verdade, criaram a música moderna.”


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André Garcia

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