É verdade que Marlon Brando odiava os Beatles, os Rolling Stones e o rock?
Um dos maiores atores da história de Hollywood, considera-se que Marlon Brando tenha sido tão influente que contribuiu para definir o que é ser um ator. Apesar de sua controversa e turbulenta vida fora das telas, ao longo de sua carreira ele estrelou alguns dos maiores clássicos do cinema: como Sindicato de Ladrões (1954), O Poderoso Chefão (1972) e Apocalypse Now (1979) — faturando o Oscar nos dois primeiros.
Ele, que já tinha 40 anos quando a beatlemania dominou os Estados Unidos, tinha 55 quando foi entrevistado pela Playboy. Conforme publicado pela Far Out Magazine, ele demonstrou resistência e “ressentimento” a ter que dar entrevistas:
“Eu não vou me colocar aos pés do público americano e convidá-los para a minha alma. Minha alma é um lugar privado. E eu tenho certo ressentimento pelo fato de viver em um sistema onde você tenha que fazer isso.”
Por mais que Brando fosse indiscutivelmente um artista genial, sua visão de arte surpreendeu ao negar que cantores pudessem ser considerados artistas. Quando entrevistador observou que letristas como Cole Porter e Harold Arlen deveriam ser considerados como tal, ele respondeu:
“Shakespeare sim é um letrista; ele escreveu muitas canções. Sim, eu suponho que qualquer forma de escrita criativa [possa ser considerada arte], mas aí você abaixa a régua.”
A seguir, ele, que era de uma geração anterior à que pegou o surgimento do rock n roll, surpreendeu ainda mais ao declarar odiar não só os Beatles e os Rolling Stones, como o rock como todo:
“Você não vai chamar os Rolling Stones de artistas. Ouvi alguém compará-los — ou os Beatles — a Bach. Foi uma declaração que eles haviam criado algo tão memorável e importante quanto Bach, Haydn, Mozart e Schubert. Eu odeio o rock n roll: é feio. Eu gostava quando os negros fazia em 1927.”
Em 1927 Marlon Brando tinha quatro anos de idade.
George Martin: “Quando os conheci, os Beatles eram horríveis”
Conforme publicado pela Cheat Sheet, em entrevista de 2004 para a Analog Planet, o produtor George Martin relembrou que sua primeira impressão dos Beatles foi negativa:
“Quando os conheci em 62, o material deles era horrível. Suas músicas eram… Pô, ‘One After 909’? O que diabos era aquilo? Era uma bobagem. Não era lá muito bom. Mas eles tinham potencial e aquele carisma. John Lennon e Paul McCartney eram duas figuras muito parecidas, mas fazendo um tipo de música diferente. Sorte de quem teve contato com algum deles em qualquer momento da vida.”