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Rolling Stones: Keith Richards revela como a artrite mudou seu jeito de tocar

Rolling Stones: Keith Richards revela como a artrite mudou seu jeito de tocar
Keith Richards na turnê No Filter

Enquanto escrevo isto, os Rolling Stones estão há poucos dias de lançar seu 26º disco de estúdio. Primeiro trabalho de inéditas desde “A Bigger Bang” (2005) e o primeiro após a morte de Charlie Watts, “Hackney Diamonds” chega às lojas (e aos serviços de streaming) em 20 de outubro.

Por 60 de seus 79 anos, Keith Richards se dedicou à música — e tanto a vida na estrada quanto o inevitável envelhecimento uma hora pesam. Conforme publicado pelo The Independent, em recente entrevista para a BBC Radio 4 promovendo seu vindouro álbum, ele confessou sofrer de artrite, e revelou que essa condição mudou a forma como toca guitarra:

“Curiosamente, não tenho dúvidas de que tenha afetado [minha forma de tocar], mas não sinto dor: é uma versão benigna. Acredito que, se eu desacelerei um pouco [na guitarra], talvez seja mais por causa da idade.” 

A inflamação nas articulações provocada pela artrite poderia ser uma verdadeira tragédia na vida de um guitarrista. Richards, entretanto, demonstrou maturidade e sabedoria ao encarar sua nova condição como uma oportunidade para (re)descobrir novas formas de tocar.

“E também achei interessante que, quando penso, ‘Não consigo fazer isso do mesmo jeito’, a guitarra me mostra que há outra maneira de fazer. Algum dedo vai para um espaço diferente, e uma porta completamente nova se abre.”

Com artrite e tudo, Keith Richards ainda planeja sair em turnê com os Rolling Stones em 2024, para promover “Hackney Diamonds” — “caso ainda estejamos de pé”, brincou ele.


Keith Richards conta como faz para não enjoar de tocar as músicas antigas

Em vídeo postado em suas redes sociais, o guitar hero compartilhou:

“Toda vez que toco ‘Satisfaction’, reparo uma coisinha nova acontecendo. [Eu penso] ‘Eu tinha que ter feito isso lá na gravação!’ Isso rola em muitas outras músicas. Por isso, mesmo que sejam músicas antigas hoje em dia, elas ainda estão crescendo de alguma forma. É só depois que uma música é escrita e gravada, é aí que você as leva ao palco, e toca por muitos anos… Aí você começa a descobrir as coisas nelas — não mudar, mas dar vida a elas. Isso é o que dá frescor a elas de muitas maneiras. Eu ainda não sei totalmente como tocá-las corretamente, ainda estou descobrindo.”


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André Garcia

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