Phill Lynott sobre se as músicas do Thin Lizzy eram ou não machistas
Certa vez, Kurt Cobain criticou bandas como Led Zeppelin, Aerosmith e AC/DC dizendo que elas se limitavam a cantar sobre seus próprios pintos. O teor machista das bandas de hard rock dos anos 70 e 80 ia além deles, era comum a quase todos do gênero na época.
No Thin Lizzy, muitas vezes Phil Lynott cantava sobre a vida das ruas, inclusive sobre o que rolava pelos bares e inferninhos da Irlanda. Por conta disso, muitas vezes ele recebia a pecha de machista. Mas o que ele achava disso?
Conforme publicado pela Classic Rock, em entrevista de 1976 para a NME ele foi questionado sobre isso por Chris Salewicz:
“Eu recebo esse grande rótulo de sexista, mas você sabe que não sou. Acho as garotas bem espertas, bem legais; em geral, elas são inteligentes. Mas os caras falam de um jeito diferente pelas costas delas. Não importa o que digam: se os caras estiverem juntos, é uma conversa diferente de quando tem uma garota por perto.”
“Como escrevo músicas sobre essas situações — como ‘Don’t Believe A Word’, ‘The Boys Are Back In Town’ ou ‘The Rocker’ — que são como uma conversa entre rapazes, vejo muitas garotas dizendo: ‘Quem essa cara pensa que é? Está achando que as garotas são burras?” O que não é de jeito nenhum o que que estou querendo passar. Só estou tentando mostrar a real do que rola nessas situações.”
“A principal coisa que me impulsiona a escrever uma música é compartilhar minhas experiências pessoais. Tem o puro ego de pensar que minha vida é tão importante que deveria ser compartilhada, mas também escrevo para mim mesmo. […] Basicamente, [quando componho minha intenção] é compartilhar uma experiência.”