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Para Brian May, tocar com o Queen no auge era “o melhor sentimento do mundo”

Para Brian May, tocar com o Queen no auge era “o melhor sentimento do mundo”
O Queen no final da década de 70

Há no mundo do rock histórias que parecem saídas de um conto de fadas musical. Um ótimo exemplo disso é a de Brian May no Queen. Sua primeira banda para valer, começou de baixo e a muito custo chegou ao topo, e realizou todos os sonhos que um músico pode ter: fama, fortuna, álbuns amplamente reverenciados como obras-primas, estádios lotados ao redor do mundo…

Em entrevista para Dave Everley da Classic Rock em março de 2021, o guitarrista foi questionado sobre como era a sensação de estar sobre o palco com o Queen em seu auge:

“Era praticamente o melhor sentimento do mundo. Como músico, você sonha com esse tipo de coisa, mas a realidade é mil vezes melhor do que o sonho. É aquela sensação de ser capaz de criar algum tipo de som ou gesto que se conecta [com as pessoas] de uma forma que é incrível.”

A seguir, May expôs o outro lado da moeda ao revelar que era duro viver na estrada sob constante pressão, o que cobrava um alto preço:

“Não era uma vida fácil. Isso pode parecer papo de astro pop mimado, mas é algo que tem suas próprias pressões. Você se expõe ao público, se coloca em risco de fazer papel de ridículo o tempo todo, enfrenta várias batalhas com o resto da banda ou com toda a organização ao seu redor… realmente não há um momento de descanso. Você é arrastado por aquilo, quando vê, está longe de seus amigos da escola, de sua família, em algum quarto de hotel do outro lado do mundo. Você vive em uma bolha estranha, não é fácil se adaptar. E, quando consegue se adaptar a isso, não consegue mais desadaptar. Aquilo te afeta para valer.”


Brian May sobre o Queen em 1974: “Não percebíamos que nos consideravam especiais”

Queen em 1974
Queen em 1974

Conforme publicado pela Guitar World, em entrevista para a Total Guitar, Brian May confessou que o Queen ficou surpreso com a forma como era visto pelas outras bandas:

“Costumávamos sair em turnê para lugares como Luxemburgo e Bélgica com bandas que eram mais populares que nós na época: Showaddywaddy, the Rubettes e Geordie — que tinha Brian Johnson [futuro vocalista do AC/DC] no vocal. Também abrimos para o Slade. Éramos os garotos novos, a banda novata que ainda não tinha nenhum hit. Como todos aqueles caras já tinham seus hits, nos sentíamos um pouco intimidados, mas eles olhavam para nós e diziam: ‘Ouvimos o seu som e vocês não são pop, não são glam… vocês são uma banda de rock! Vocês são o que nós desejamos ser.’ Aquilo foi um verdadeiro choque para nós. Não percebíamos que as pessoas já nos consideravam algo especial.”


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André Garcia

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