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Echoes of Madness lança single “The 41’s”, soando menos prog e mais metal

Echoes of Madness lança single “The 41’s”, soando menos prog e mais metal
Capa do single "The 41's", do Echoes of Madness

Formado em São Paulo capital durante a pandemia, Echoes of Madness é uma banda de prog metal que nasceu em 2020 como projeto solo do multi instrumentista Edgard Jr., até que se tornou um duo com a entrada do vocalista Maurício Melendez.

Em 2022, eles lançaram seu álbum de estreia “Indepth Mind”, além de uma série de singles. Agora, em 2024, eles estão de volta com um novo single, “The 41’s”.

Eu ouvi e gostei por estar pendendo mais aos fundamentos do heavy metal clássico do que às pirotecnias e excessos do lado prog da força. 

Teclado

O teclado me lembrou aquele som de strings do Faith No More, só achei que ele ficou meio tímido na mixagem. Como ele surge pontualmente na música, talvez pudesse ser um pouco mais proeminente — tipo o do Faith No More mesmo. Até porque o teclado costuma entrar em momentos em que as guitarras estão mais sustentando os acordes do que fritando os dedos nos riffs.

Em termos de frequência, como banda está muito ali do grave para o médio, o teclado poderia estender a massa sonora mais para as frequências altas. 

Guitarras

Eu gostei de como a música tem tudo para se deixar levar pelo lado negro da força (Angra e Dream Theater), mas aguenta firme e não dá brecha para o inimigo. Embora o mesmo valha para toda a banda, se aplica especialmente às guitarras. Sim, se tratam de guitarras rápidas e técnicas, mas não virtuosas a la Kiko Loureiro ou Yngwie Malmsteen por beber de fontes mais clássicas — mais próximas a Judas Priest e Dio. 

Baixo

Gosto desse timbre de baixo, estalado, me lembra Faith No More, Pantera e Korn, mas acho que poderia estar um pouco mais alto. Pelo aspecto “percussivo” do baixo (se é que isso faz sentido), a banda fez um bom trabalho, mas notas não estão muito distintas para mim. 

Bateria

Os timbres de bateria me lembram o dos divisivos “…and Justice for All” (Metallica) e “Cowboys From Hell” (Pantera). A bateria também tinha tudo para ser mais pirotécnica e exibicionista, mas se atém ao que a música precisa. 

Vocal

O vocal me lembra Bruce Dickinson solo, Dio e a versão madura de Rob Halford. É para quem curte esse lado mais operístico da coisa, para quem é do team Ian Gillan. 

Por ser menos prog e mais metal, a música navega por suas transições de escalas, tom e compasso, mas sem chamar atenção para isso — ao contrário de muitas bandas do gênero, que pecam forçando a barra. Não sei se os fãs de prog metal curtiram ou se acharam underwhelming, mas acredito que a quem curte metal, mas não as bandas prog deve agravar. A mim, pelo menos, agradou. 

Ouça “The 41’s” no Spotify e demais plataformas de streaming, e siga o Echoes of Madness no Instagram.

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André Garcia

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