Ace Frehley relembra quando, onde e por que recebeu o apelido Ace
Na segunda metade dos anos 50, Buddy Holly se consagrou um dos maiores ídolos do rock — uma das maiores inspirações para garotos como John Lennon e Paul McCartney terem aprendido a tocar.
Cantor e guitarrista, se diferenciava de figuras como Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richard pelos óculos de armação larga com um ar nerd e desajustado. Ele se diferenciava também pelo uso de um nome artístico: seu nome de batismo era Charles Hardin Holley.
Essa moda começou a pegar na música pop nos anos 60, com Bob Dylan, mas se tornou febre na década seguinte (especialmente na Inglaterra): David Bowie, Marc Bolan, Sid Vicious, Johnny Rotten, Joe Strummer, Sting… sem contar o Led Zeppelin, que adotou misteriosos sigilos ocultistas como nome.
No hard rock oitentista, ter um apelido como nome artístico era praticamente padrão: no Guns ‘N Roses só Steve Adler usava o nome de batismo. Aquilo foi em muito graças à influência de figuras como Ace Frehley, do Kiss.
Em entrevista para a Paul Guy da revista Fuzz em 1997 — um ano após seu retorno ao Kiss — Ace contou onde, quando e por que recebeu este apelido:
“Fui apelidado de Ace no ensino médio [pelo] baterista da minha banda quando eu tinha uns 16 anos. Como ele era tímido, costumávamos fazer shows nos fins de semana, e eu sempre arrumava garotas para ele. Um dia ele veio até mim, e eu desenrolei para ele com uma garota linda. Eu estava com a amiga dela, e as duas eram bem bonitinhas.”
“Aí ele me disse: ‘Cara, você é realmente o tal! Sou muito grato a você, sabia?’ Acabou que aquilo meio que pegou, sabe? Chegou uma hora que todo mundo começou a me chamar de Ace. Quando fiz o teste e entrei para o Kiss, meu nome era Paul, só que toda vez que Peter e Gene chamavam ‘Paul’, eu e Paul [Stanley] viramos para olhar. Acabou que eu disse ‘Isso não vai dar certo; me chamem pelo meu apelido.”