A obra-prima de Bob Dylan que ele disse ter sido escrita por um “fantasma”
“Eu não sei como consegui escrever aquelas músicas. Aquelas músicas antigas foram quase que como escritas por mágica”, disse Bob Dylan certa vez em entrevista à CBS se referindo a músicas de meados dos anos 60, como “It’s Alright Ma (I’m Only Bleeding)”.
No mesmo ano que essa música, ele lançou “Like a Rolling Stone” — considerada por muitos sua maior obra-prima.
Conforme publicado pela Far Out Magazine, ela foi composta por ele certa noite canalizando palavras em um fluxo torrencial; como se a psicografasse. Quando deu por si, ele já tinha “dez páginas”.
“Nem tinha título nenhum. Era só uma coisa rítmica no papel, toda sobre o meu ódio constante direcionado a algum ponto que era honesto. No final, não era ódio, era dizer às pessoas algo que elas não sabiam; dizer a elas que eram sortudas. Vingança é uma palavra mais apropriada.”
Bob Dylan ao Saturday Evening Post
“É como se um fantasma tivesse um escrevendo uma música daquela: ele te dá a música e vai embora. Você não sabe nem o que ela significa. Só sabe que o fantasma te escolheu para escrever a música.”
Bob Dylan a Robert Hilburn
“Eu nunca tinha escrito nada como aquilo antes, e de repente percebi que era o que eu deveria fazer. Depois de escrever aquilo, eu não estava interessado em escrever um romance ou uma peça. Eu já tinha tido muito, eu queria escrever músicas.”
Bob Dylan à CBC
Segundo o site setlist.fm, “Like a Rolling Stone” é a terceira música mais tocada ao vivo por Bob Dylan, com 2009 execuções. A partir dos anos 90, ela se tornou também um dos maiores hits dos Rolling Stones com sua versão semi-acústica.
A explicação de Bob Dylan para seu nome artístico
Robert Allen Zimmerman é mundialmente conhecido por seu nome artístico, que é um dos mais conhecidos de seu tempo: Bob Dylan. Em 2004, ele falou sobre isso de forma poética e enigmática em entrevista ao 60 Minutes:
“Você tem uma identificação de si mesmo que talvez os outros a seu redor não percebam, então tem que começar tudo de novo. Por algum motivo eu nunca [me identifiquei com meu nome de batismo], mesmo antes de começar a tocar. Algumas pessoas nascem com o nome errado, pais errados… acontece. […] Chame a si mesmo como quiser chamar, esta é a terra da liberdade.”