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A música do The Cure tão depressiva que Robert Smith não queria cantar

A música do The Cure tão depressiva que Robert Smith não queria cantar
Robert Smith com o The Cure no Roskilde Festival 2012, em foto de Bill Ebbesen

Fundador, líder, guitarrista, vocalista e compositor do The Cure, Robert Smith escreveu seu nome na história do rock britânico nos anos 80. Seguindo os passos de Joy Division e Siouxsie & The Banshees, foi um dos pioneiros do post punk, gênero que levou ao mainstream misturando o colorido cinismo pop com a sombria melancolia do gótico.

Smith é famoso por ter escrito algumas das mais depressivas canções daquela década (e também algumas das mais alegres). Ao longo dos anos, com quem brinca sozinho num balanço, oscilou bipolarmente entre os extremos do espectro do humor. Da perspectiva do astral, o ponto baixo do The Cure foi “Faith” (1981) e “Pornography” (1982).

Apesar disso, a música que o vocalista considerava tão deprê que nem queria gravar foi “There Is No If…”, do “Bloodflowers” (2000):

“Acho que a única música realmente deprimente no álbum é ‘There Is No If’, porque nessa realmente não há saída — tudo dá errado e depois você morre. Originalmente, eu não queria essa música no álbum, e relutava até mesmo em cantá-la, mas os outros membros da banda realmente queriam incluí-la. Normalmente, eu ignoro os votos quatro para um (tão sem sentido nesta banda quanto em qualquer ditadura), mas todos que ouviram a música gostaram muito dela.”

Confirma “There Is No If” abaixo com legendas em português:

Narrando os últimos momentos de um amor trágico, essa música me lembra Romeu e Julieta. Quem sou eu para discordar de Robert Smith quando o assunto é The Cure, mas creio que tem músicas mais deprê que essa. “All the Cats Are Grey”, “Funeral Party” e “If Only Tonight We Could Sleep”, por exemplo.


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André Garcia

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