Camarada Garcia Recomenda #14 – Cinco recomendações musicais aleatórias
Aqui estão cinco músicas aleatórias que, se você não conhece, deveria. Músicas (ou versões) que julgo não serem muito conhecidas (ou pelo menos não conhecidas o bastante), e que fazem parte da trilha sonora da minha vida (e podem fazer parte da sua também).
Harmonica – Graham Bond Organisation
Quem ouve provavelmente não diz, mas essa banda continha ⅔ do Cream. Pouco antes de formarem o Cream, tocavam nela o baterista Ginger Baker e o baixista Jack Bruce (aqui tocando gaita epileticamente).
O vídeo é um trecho de um filme vagabundo dos anos 60 sobre a juventude da época e o rock. Até hoje não sei se era pastiche ou paródia… só sei que sempre fico pasmo com a visão que o diretor tinha da coisa!
Going Underground – The Jam
O The Jam fez sucesso na Inglaterra com seu punk/new wave inspirado pelo mod. Suas letras abordavam a vida na cidade pela perspectiva de um jovem inconformado de classe trabalhadora. Letras essas que renderam a Paul Weller a pesada alcunha de porta-voz de sua geração. O que acabou, poucos anos depois, sendo um dos motivos para ele acabar com a banda no auge e sair em carreira solo.
Esta música foi a primeira deles que realmente curti.
Chinese Envoy – John Cale
Uma vez me disseram que esta música usa uma escala de música oriental. Como John Cale era o único membro do Velvet Underground que estudou música, creio que não foi por acaso.
Nascido no País de Gales, teve uma formação clássica desde garoto, e se mudou para Nova Iorque no começo de sua vida adulta em meados dos anos 60. Lá ele conheceu Lou Reed, e o resto é história.
Sunday Afternoon in the Park/One Foot Out the Door – Van Halen
No terceiro álbum do Van Halen, após “Eruption” e “Spanish Fly”, faixa instrumental não era mais novidade… mas instrumental de sintetizador era! Ainda mais se tratando de uma banda que girava em torno de seu genial guitarrista. Ela me lembrou “Who Are You”, do Black Sabbath.
Ela emenda com “One Foot Out the Door”, um rock pesado e porrada, mas conduzido por sintetizador. Para dizer que não tem guitarra, ela dá o ar da graça na hora do solo, e puxa para o final.
O teclado teria muito destaque no Van Halen em “Jump” e na fase Sammy Hagar, mas ali foi meio que a primeira experiência sacramentada em um álbum.
Black Betty – Rayman Legends
Rayman Legends é um dos jogos de plataforma mais divertidos da geração PS3 — e da história do gênero, até. Minha fase favorita foi essa, baseada em “Black Betty”. O vídeo não faz jus a quão divertido, gratificante e emocionante é jogar esta fase. Não é a toa que virou a demo do jogo!
Deveriam ter lançado um jogo inteiro nesse estilo. Ou pelo menos uma expansão só com levels musicais.
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