Pink Floyd: Roger Waters surpreende ao revelar seu período favorito da banda

Ao longo de toda a década de 70, o Pink Floyd lançou uma sequência de obras-primas com uma impressionante consistência: “Meddle” (1971), “The Dark Side of the Moon” (1973), “Wish You Were Here” (1975), “Animals” (1977) e “The Wall” (1979). Dessa forma, tendo Roger Waters como principal compositor, ela foi alçada ao status de uma das maiores do planeta.

Na década seguinte, entretanto, a coisa desandou, levando à sua saída em 1985. Em 1987, ele deu uma entrevista a Chris Salewicz para a Q Magazine, onde falou sobre sua carreira solo e também, claro, sua antiga banda. 

Na última pergunta, o baixista foi questionado sobre qual havia sido seu período favorito do Pink Floyd. Surpreendentemente, ele respondeu que foi o anterior ao lançamento de seu maior sucesso:

“É complicado lembrar de um passado tão remoto… mas acho que provavelmente foi até o ‘Dark Side Of The Moon’. Naquela época, éramos uma banda. Tenho certeza de que, naquele momento, todos concordamos com as mesmas coisas. Como, por exemplo, só tocar o material novo, não tocar mais nada do material antigo. ‘Vamos tocar só este álbum e o anterior, e pronto’. Havia uma certa integridade, e o que importava era o trabalho.” 

Após o sucesso estratosférico feito pelo “Dark Side” (como foi apelidado pelos fãs), tanto Waters quanto David Gilmour já confessaram terem sentido um vazio em relação à banda. Para os dois, tudo que eles sonhavam conquistar em uma banda de rock já havia sido conquistado, então como (e para que) seguir em frente?

“Dark Side of the Moon” foi “o fim da linha” para o Pink Floyd, segundo Roger Waters

Em 1975, Roger Waters cravou que o “The Dark Side of the Moon” havia sido criativamente o “fim da linha” para o Pink Floyd. Segundo ele, a banda se sentia “simplesmente esgotada e entediada”:

“Acredito que quando o ‘Dark Side of the Moon’ foi tão bem-sucedido, foi o fim. Foi o fim da linha. Havíamos alcançado o ponto pelo qual buscávamos desde adolescentes; e realmente não havia mais nada a ser feito em termos de rock n roll. […] Quando você está acostumado a trabalhar muito duro por anos e anos e alcança aquilo que tanto buscou… continua havendo necessidade de prosseguir, porque você percebe que o lugar onde chegou não é aquilo que você pensava que era…”