Patti Smith relembra como foi conhecer Jimi Hendrix: “Poeta maravilhoso”
Jimi Hendrix foi um guitarrista de uma habilidade tão extraordinária que é difícil de adjetivar. Anônimo nos Estados Unidos até 1966, na Inglaterra bastou sua primeira apresentação para que da noite para o dia ele se tornasse uma sensação. Apesar de sua carreira tragicamente interrompida por sua morte aos 27 anos, ele escreveu seu nome na história do instrumento como um dos maiores de todos.
Muito se fala sobre Hendrix como guitarrista, mas pouco se fala sobre ele em seu talento em outras áreas, como nas letras que escreveu, por exemplo. Conforme publicado pela Far Out Magazine, em entrevista para a Forbes, Patti Smith o relembrou como um “poeta maravilhoso”:
“Eu tive a oportunidade de conversar com ele uma vez, cerca de 50 anos atrás. E para uma jovem [de vinte e poucos anos] ele era tudo que você poderia querer em seu rock star [favorito]. [Ele] amava poesia [só que] frequentemente falava de forma não muito favorável sobre sua poesia — não se achava lá um dos melhores escritores. Ele realmente admirava Bob Dylan, mas era um poeta maravilhoso.”
“Basta pegar ‘Moon, Turn The Tides’ e ‘1983… (A Merman I Should Turn to Be)’, ou qualquer uma de suas letras naquele álbum [‘Electric Ladyland’ (1968)]. Elas têm um apelo tão universal. Você tem uma sensação de serem um espelho do nosso mundo na época, mas também se expandindo para o futuro.”
Patti Smith lançou seu álbum de estreia “Horses” em 1975. A arrepiante e comovente faixa “Elegie” foi gravada em 18 de setembro daquele ano — exata data em que completava meia década o falecimento do guitarrista.
A cantora comentou como ele influenciou aquela sua letra:
“Os últimos versos, ‘Eu acho triste, é uma pena que todos os nossos amigos não possam estar conosco hoje’ , foram tirados de ‘1983… (A Merman I Should Turn to Be)’. Acredito que Jimi não teria se importado!”