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Lemmy Kilmister desprezou Grammy do Motörhead em 2005 como prêmio de consolação 

Lemmy Kilmister desprezou Grammy do Motörhead em 2005 como prêmio de consolação 
A última e mais duradoura formação do Motörhead

Motörhead, sempre guiado com mãos de ferro por Lemmy Kilmister, sempre seguiu suas próprias regras, seu próprio caminho. Como consequência disso, por muitas vezes era deixado de lado pela indústria musical e pelas premiações, e acabava relegado ao papel de patinho feio da primeira prateleira do rock pesado.

Ao longo de suas quatro décadas de estrada, a banda teve ao todo quatro indicações ao Grammy, todas na categoria Melhor Performance de Metal: em 1992 pelo álbum “1916”; em 2000 pelo cover “Enter Sandman”; em 2005 pelo cover  “Whiplash”; e em 2015 pela música “Heartbreaker”. 

Lemmy Kilmister já era veterano quando recebeu sua primeira indicação, mas se enganou quem pensava que aquilo amoleceria seu coração e mudaria sua visão sobre premiações como o Grammy, e a indústria musical como todo. Conforme publicado pela Far Out Magazine, sua resposta à indicação foi:

“Todo mundo estava vestido com smokings de pinguim alugados, tentando se parecer o máximo possível com os filhos da p*ta que roubavam o dinheiro deles. Nós não jogamos esse jogo. Eu tinha um discurso ótimo preparado no caso de termos vencido. Eu ia dizer: ‘Não vou agradecer a ninguém. Nenhum de vocês fez alguma coisa por nós. Vocês não fizeram nada.'”

Acabou que, como era esperado, “1916” não teve chance na disputa com o “Black Album”, do Metallica, que faturou o prêmio. O Motörhead pode ter perdido um Grammy para o Metallica em 1992, mas em 2005 venceu, por ironia do destino, com um cover justamente do Metallica: “Whiplash”:

Lemmy, entretanto, não se empolgou nem um pouquinho com aquilo:

“Eles estavam nos apunhalando do mesmo jeito. Foi tipo, ‘Ainda não achamos que vocês sejam grande coisa, mas temos que te dar um prêmio porque vocês estão na estrada há 30 anos’.”


Lemmy Kilmister odiava o maior hit do Motörhead

Conforme publicado pela Far Out Magazine, na biografia White Line Fever o vocalista confessou:

“Estou de saco cheio de ‘Ace of Spades’ atualmente. A gente não virou um fóssil depois daquele disco, sabe? Tivemos vários bons lançamentos desde então. Só que, como os fãs querem ouvir, ainda a tocamos todas as noites. Quanto a mim, essa música já deu o que tinha que dar.”


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André Garcia

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