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Kiss: Ace Frehley lista e comenta seus cinco álbuns de guitarra essenciais

Kiss: Ace Frehley lista e comenta seus cinco álbuns de guitarra essenciais
Ace Frehley em foto de Casablanca Records

Guitarrista solo original do Kiss, Ace Frehley foi um dos mais influentes guitarristas de rock pesado dos Estados Unidos nos anos 70. Com composições como “Cold Gin” e “Shock Me”, e solos como os de “Watchin’ You” e “Let Me Go, Rock ’n Roll”, ele já foi reverenciado por muitos grandes guitarristas de heavy metal. Dimebag Darrell mesmo tinha orgulho de ostentar uma tatuagem dele com seu trage de homem especial.

Para a Classic Rock em 2018, Ace listou e comentou os cinco álbuns de guitarra que considera essenciais — curiosamente, todos lançados na segunda metade dos anos 60:

Rolling Stones – Out of Our Heads (1965)

“Nessa disputa entre os Beatles e os Stones eu amo ambos, mas tenho que ficar com os Stones porque eles eram os bad boys. Escolher um único álbum é difícil, então vou simplesmente escolher [o que tem] a primeira música deles que realmente chamou minha atenção: ‘[I Can’t Get No] (Satisfaction)’.

“Eu me lembro de estar andando pelo Bronx quando ouvir ela no rádio. Foi um momento incrível! Parecia que essa música estava em toda parte. Você a ouvia vindo das janelas, dos rádios dos carros enquanto as pessoas passavam. Você simplesmente não conseguia escapar de ‘Satisfaction’ durante o verão de 65.

“Em termos de guitarra, tem aquele riff incrível — um dos maiores padrões de três notas de todos os tempos. É tão simples que você não pode acreditar que ninguém tenha pensado aquilo antes. Não seria a música que é sem aquele riff. Soava incrível até nos radinhos de transistor. Saí e comprei um pedal de distorção; eu tinha conseguir fazer aquele som eu mesmo.”


The Who – My Generation (1965)

“Que baita disco! Canções fabulosas. Pete Townshend não era um grande cara dos solos, mas sabia como trabalhar com acordes. Aprendi muito sobre minha técnica de acordes estudando as músicas do Who. Pete Townshend consegue tocar o mesmo acorde em 20 posições no braço da guitarra. Ele é um mago!”

“Adoro as harmonias deles e a maneira como arranjavam suas músicas. O The Who era uma banda muito inteligente. Ninguém tocava como Keith Moon — nem chimbal ele usava —, mas tudo se concentrava na guitarra de Townshend. Ele tinha algo muito forte em suas mãos.”


Cream – Fresh Cream (1966)

“Este é o disco em que descobri Clapton. Na verdade, eu até assisti o Cream. Estive na primeira apresentação deles em Nova Iorque, quando abriram para Mitch Ryder & The Detroit Wheels. Eu não tinha ideia do que ia ver, mas fiquei impressionado. Lembrando agora, o The Who estava no mesmo show. Que dias incríveis foram aqueles!”

“Adoro o álbum ‘Fresh Cream’. Clapton é um guitarrista de rock-blues tão lindamente único. Estudei tudo o que ele fez: do Cream ao Blind Faith, passando por Derek & The Dominos e depois a carreira solo. Ele é um daqueles caras que tem algo tão singular que você sabe que é ele no momento em que toca a primeira nota. Definitivamente, tentei absorver o máximo que pude do Clapton.”


Jimi Hendrix Experience – Are You Experienced (1967)

“Este mudou minha vida, sem dúvida. Costumava andar pela escola com este álbum debaixo do braço. É inovador de muitas maneiras, ninguém tocava guitarra como Hendrix. Eu já estava tocando guitarra há alguns anos, mas quando ouvi Hendrix, parecia tão além de tudo o mais que eu estava ouvindo na época. Ele estava fazendo algo anos-luz à frente de todos os meus outros heróis! Eu costumava diminuir a velocidade do disco para tentar entender os solos. O uso dele de efeitos, a composição, o fraseado… o cara era um talento único.”


Led Zeppelin – Led Zeppelin (1968)

“Nunca vou esquecer de quando assisti a primeira apresentação do Led Zeppelin em Nova Iorque. Eles estavam abrindo para o Iron Butterfly no Fillmore East. Foi uma noite daquelas que você sempre ouve falar: o Zeppelin tocou o set deles e simplesmente destruiu o lugar. O Iron Butterfly teve que que tocar depois, metade da plateia saiu.

“Fui lá e comprei o álbum de estreia. Eu não estava realmente familiarizado com Page antes disso. Eu gostava do Yardbirds, mas sempre associava mais a Jeff Beck. Então, ouvir o Zeppelin foi uma experiência enorme. Seus riffs, seus sons e seus solos… ele era como o guitarrista completo. Me tornei um baita fã imediatamente.”


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André Garcia

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