Bruce Dickinson sobre O Senhor dos Anéis: “Li aos 12 anos e achei brilhante”
O Senhor dos Anéis é possivelmente o livro que mais influenciou o rock (atrás apenas da Bíblia) — Led Zeppelin, Rush, Black Sabbath, Megadeth e Queen são apenas algumas das bandas que já escreveram ao menos uma música inspirada no fantástico mundo de fantasia de Tolkien.
São incontáveis os rockstars que têm esse livro como um de seus favoritos, mas um deles é, conforme publicado pela Rock and Roll Garage, o eterno vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson:
“Eu amo O Senhor dos Anéis”, contou ele em uma palestra em 2018. “Li o livro quando tinha 12 anos e achei brilhante, embora meu professor de inglês na época tivesse sido muito crítico a respeito: ‘Muita bobagem. Uma caminhada longa pra caramba, um banquete longo pra caramba, um pouco de poesia, uma batalha, e é só isso’, dizia ele. Com o passar dos anos, acabei entendendo a visão dele, para dizer a verdade; talvez fosse possível condensá-lo um pouco. Mas na época achei brilhante.”
“O que me impressionou quando assisti a versão [cinematográfica] de Peter Jackson foi como a visão dele era exatamente a imagem que eu tinha na minha cabeça quando eu tinha 12 anos. Então, ou estávamos canalizando algo estranho, ou aquela escrita é tão inspiradora que todo mundo via a mesma imagem. Isso é bem notável. Portanto, sou um grande fã de O Senhor dos Anéis.”
Em entrevista para a Revolver, naquele mesmo ano, o vocalista apontou O Senhor dos Anéis como seu livro preferido entre os quais ele nunca escreveu uma música sobre:
“A gente simplesmente achava que era um livro tão enorme que seria besteira escrever uma música sobre ele. É quase tão absurdo quanto imaginar fazer um filme dele — embora, é claro, já tenham feito isso, e muito bem.”
Bruce Dickinson usava “Black Sabbath” para arrebentar o aparelho de som dos pais
Em entrevista a Gastão Moreira no Fúria MTV, o vocalista relembrou de que dava prejuízo aos pais com o primeiro disco do Black Sabbath:
“Ah, era incrível: a chuva no início e tudo mais. […] Como era em vinil, você olhava para o centro do disco rodando e ficava, tipo ‘Uau!’ Eu costumava tocar quando meus pais saíam, porque eu estourava o… Antigamente, tinha uns móveis chamados stereogram — era como um sofá, só que com dois alto-falantes ridículos. Eles costumavam ter compartimentos para bebidas e o toca-discos ficava escondido em algum lugar. Então você ia lá […] colocava o disco, aumentava o volume e os alto-falantes [não aguentavam e pifavam].”