As 10 melhores músicas do Genesis segundo leitores da revista Prog
Uma das maiores e mais respeitadas publicações dedicadas exclusivamente ao rock progressivo, a revista Prog é irmã da Classic Rock e da Metal Hammer. Lançada em 2009, desde 2012 possui até sua própria premiação, a Progressive Music Awards.
Em 2019, A Prog realizou uma enquete online junto a seus leitores para eleger as 10 melhores músicas de um dos maiores nomes do gênero: o Genesis. Com mais de 40 mil votos, foi a maior votação já feita pelo site até então. O resultado honrou o nome da revista. Como esperado, as poucas músicas que não foram da fase Peter Gabriel, foram do primeiro álbum após sua saída, o “A Trick Of The Tail”.
- Dance On A Volcano
- Ripples…
- In The Cage
- Watcher Of The Skies
- Dancing With The Moonlit Knight
- Carpet Crawlers
- The Musical Box
- The Cinema Show
- Firth Of Fifth
- Supper’s Ready
As 10 melhores músicas do Genesis segundo leitores da Prog
10. Dance On A Volcano (A Trick Of The Tail [1976])
Faixa de abertura, mostrou que o Genesis seria capaz sim de sobreviver à perda do vocalista Peter Gabriel. Ela surgiu jam entre Tony Banks, Mike Rutherford e Phil Collins — Steve Hackett estava ausente trabalhando em seu álbum solo “Voyage Of The Acolyte”. Aos desavisados, pode até se passar por algo da fase Peter Gabriel.
9. Ripples… (A Trick Of The Tail [1976])
Esta faixa foi uma das que deram norte à banda, e deu a seus membros um rumo a seguir para mudar seu processo de composição para se ajustar ao novo formato de quarteto. Ela mantém o espírito progressivo que marcou a banda na primeira metade da década, mas também uma busca por composições mais acessíveis.
8. In The Cage (The Lamb Lies Down On Broadway [1974])
Com intensidade crescente, marca um dos principais momentos da narrativa do álbum, conceitual. El apresenta o protagonista Rael em pânico preso em uma prisão de estalactites e estalagmites. Considera-se uma metáfora para o desejo de liberdade criativa do prórpio Peter Gabriel, já insatisfeito com a banda.
7. Watcher Of The Skies (Foxtrot [1972])
Faixa de abertura do “Foxtrot”, é marcante já em sua introdução, com um solene mellotron e o staccato da sessão rítmica. É uma das música que Peter Gabriel cantava no palco interpretando um de seus personagens. Vestido de preto e com asas de morcego na cabeça, ele incorporava o Watcher — um extraterrestre visitando a Terra após a extinção dos humanos.
6. Dancing With The Moonlit Knight (Selling England By The Pound [1973])
Faixa de abertura, apresenta a banda já partindo para a ignorância com a interpretação teatral de Peter Gabriel e seu instrumental intenso e épico, com transições fluídas para seus diversos climas. Rock progressivo em seu melhor estilo, e uma das melhores performances de Phil Collins.
5. Carpet Crawlers (The Lamb Lies Down On Broadway [1974])
A letra dizem se tratar de consumismo e masturbação, mas confesso não conseguir enxergar isso nela. A música se desenvolve sem pressa em um ritmo mais lento e contemplativo. A guitarra e o teclado se entrelaçam de forma atmosférica, com cara de trilha sonora. Talvez até seria uma balada se não fosse pela intensidade da bateria. O Genesis, que na época não ligava lá muito para refrão, aqui apresentou um dos seus melhores.
4. The Musical Box (Nursery Cryme [1971])
Faixa de abertura, mais uma vez é o Genesis partindo para a ignorância já no começo. Na introdução, a guitarra de 12 cordas e a flauta caminham de mãos dadas sem pressa, mas quando engata a quinta marcha, eu ousaria dizer que se torna uma de suas mais épica e intensas músicas. Seus 10 minutos de duração passam tão rápido que parecem metade desse tempo. Sua construção é desenvolvida de forma crescente até sua catártica conclusão.
3. The Cinema Show (Selling England By The Pound [1973])
As músicas do Genesis com Peter Gabriel possuíam uma atmosférica falsamente alegres com seus timbres agudos e lúdicos, mas com a melancolia das escalas menores. Esta música é uma das poucas realmente alegres. Sua letra fala de Romeu e Julieta se preparando para um encontro no cinema, sem imaginar o trágico desfecho que o amor reservava para eles.
2. Firth Of Fifth (Selling England By The Pound [1973])
Na introdução, temos o tecladista Tony Banks exercitando suas influências clássicas com notas tristes tocadas de forma saltitante — como quem dança com lágrimas nos olhos. Com a entrada do vocal, o ritmo se arrasta e a melancolia predomina. No solo, temos uma doce flauta, que dá lugar a um orquestral teclado, que dá lugar a uma guitarra que soa como um atmosférico violino.
1. Supper’s Ready (Foxtrot [1972])
Faixa que encerra o “Foxtrot”,é épica em todos os sentidos, tem 23 minutos de duração — está para a banda assim como “Echoes” está para o Pink Floyd. Meticulosamente construída, possui sete sessões como motifs evocados em diferentes momentos e gêneros fundidos como tinta numa tela. Levando o rock e a música além de seus limites e fórmulas, é progressivo por definição e em seu auge.
Vale observar que o álbum com mais faixas no top 10 foi “Selling England By The Pound”, e que quase metade da lista foi faixas de abertura.