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As 10 melhores músicas de B.B. King, segundo Joe Bonamassa

As 10 melhores músicas de B.B. King, segundo Joe Bonamassa
O prodígio Joe Bonamassa e B.B. King

Ao lado de John Mayer, Joe Bonamassa é um dos maiores expoentes do blues rock de sua geração. Com uma pegada mais pesada, influenciada por Jimmy Page, ele iniciou sua carreira quando ainda era moleque, e já aos vinte e poucos anos era referência. 

Um de seus maiores ídolos é B.B. King — a quem conheceu quando criança — portanto, ele está em seu lugar de fala quando listou e comentou as 10 melhores músicas do Rei do Blues para a Classic Rock:

  1. The Thrill Is Gone
  2. Every Day I Have The Blues
  3. Guess Who
  4. When Love Comes to Town
  5. When It All Comes Down
  6. 3 O’Clock Blues
  7. Gamblers’ Blues
  8. Please Accept My Love
  9. Ain’t Nobody Home
  10. How Blue Can You Get

The Thrill Is Gone

“Essa foi o grande sucesso de B.B. King. Para mim, ‘The Thrill Is Gone’ é o blues perfeito. É simples e sofisticada ao mesmo tempo, e nunca envelhece. E, de uma forma muito atípica do blues, foi um sucesso — o que foi um feito incrível. Aquilo mostrou a jovens como eu, que estavam crescendo, que era possível seguir suas paixões e ter uma música de sucesso ao mesmo tempo, levá-la ao grande público.

“Eu particularmente adorava a produção. Foi Bill Szymczyk quem adicionou todas as seções de cordas, e elas acrescentam melancolia; ao mesmo tempo, não interferem com o Mr. King, permitindo que ele fizesse seu trabalho. Ele tocava uma Gibson 355 com um Varitone através de um Fender Twin: esse era o truque. Uma nota diz tudo sobre quem é.”


Every Day I Have The Blues

“Esta é a faixa de abertura de sua obra-prima, ‘Live At The Regal’. B.B. King era um superastro, um ícone pop na comunidade negra, quando este álbum foi gravado em 1964. Ele tinha tudo — e ele sabia disso muito bem. Quando foi a última vez que você ouviu garotas gritando em um show de blues? John Mayer não conta!”


Guess Who

“A versão que ele gravou em Kansas City nos anos setenta me abalou muito. Eu disse a mim mesmo que daria qualquer coisa para conseguir cantar daquele jeito, mesmo que só por uma noite. É o tipo de música que separa os verdadeiros fãs de blues dos [ouvintes] casuais. Se você não gosta dessa música, muito provavelmente você não gosta de blues. É uma perfeição tanto na composição quanto na interpretação.”


When Love Comes to Town

“Para mim, Bono está no mesmo patamar de Mick Jagger, Robert Plant e Paul Rodgers, como um dos maiores frontmen do rock. Mas quando você assiste ao vídeo dessa música […] você pode ver que até Bono sabe que há apenas um Rei naquele palco.”


When It All Comes Down

“Uma hidden gem da fase oitentista de B.B. King, que é um tanto negligenciada. Há uma ótima versão dessa música ao vivo em Montreux, por volta de 1993. Meus amigos aficionados por guitarra e eu sempre comentamos o quão boa é essa música, e como ela nunca é mencionada entre as melhores de B.B.”


3 O’Clock Blues

“Um dos primeiros sucessos de B.B., e agora um padrão do blues. É possível perceber em suas gravações dos anos 50 que ele estava apenas se descobrindo e encontrando sua voz. Geralmente, você não ouve aquele tipo de coisa até o início dos anos 60. Dá para perceber que ele cantava e tocava guitarra ao mesmo tempo na sala, sem separação. Aquela foi a época em que você tinha que ser muito talentoso para entrar em um estúdio. Hoje em dia, basta um rostinho bonito e seguidores no Instagram.”


Gamblers’ Blues

“Do álbum ao vivo criminosamente subestimado ‘Blues Is King’. Após o acidente de ônibus de B.B. e o subsequente processo legal [nos anos 60], ele estava falido, e não tinha como pagar por uma banda numerosa. Ele teve que reduzir sua banda e trabalhar para se recuperar. Aquele foi um quarteto: bateria, órgão (que também tocava baixo nos pedais), e dois instrumentos de sopro. ‘Gamblers’ Blues’ é um testemunho da voz de B.B. e de sua incrível capacidade como cantor: articulação perfeita, fraseado perfeito… e provavelmente tudo feito sem um retorno.”

“Um fato divertido: se você juntar ‘Gamblers’ Blues’ com ‘Stone Crazy’ (Buddy Guy), você tem ‘Blues Deluxe’ (Jeff Beck Group). Jeff [Beck] e Rod [Stewart] mesmo admitem isso.”


Please Accept My Love

“A melhor versão para mim está no álbum ‘Get Yer Ya-Ya’s Out’ [dos Rolling Stones]. O que diferencia B.B. King é que seus álbuns ao vivo eram sempre melhores do que as versões de estúdio. Era a natureza de uma agenda de trezentas datas [por ano] e arranjos sempre em evolução. Ike e Tina [Turner] e os Stones tiveram dificuldades em superar aquela noite no Madison Square Garden. É simplesmente uma performance vocal e musical incrivelmente boa. Para mim, B.B. King e Howlin’ Wolf são os dois maiores cantores do blues.”


Ain’t Nobody Home

“Sabe, estou percebendo o quanto B.B. tinha muitas músicas excelentes ao longo de sua carreira. Esta é uma das exceções ao que eu disse sobre as versões ao vivo em comparação às de estúdio. Os vocais de fundo e a produção inspirada na Motown tornam a versão de estúdio a definitiva para mim.”


How Blue Can You Get

“Estive guardando talvez o melhor para o final. Os anos sessenta e setenta consolidaram a coroa de B.B. King como o Rei do Blues e o maior cantor de blues do mundo. Mas nesta música, ele começa com um solo de guitarra matador. ‘Live At The Regal’ e ‘Get Yer Ya-Ya’s Out’ são as versões que você deve procurar.”


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André Garcia

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